terça-feira, 28 de agosto de 2012

De onde surge a compulsão aliementar

Atualmente estou tentando ter rotina. Trabalho em uma cidade, moro em outra, não tenho horários definidos e meu dia é uma loucura. Estou tentando me organizar no dia-a-dia. Estou buscando um tempo pra mim e decidi voltar a ter uma rotina de leitura para aprender coisas novas e tentar esquecer a compulsão.
Atualmente estou lendo Pais Brilhantes, Professores Fascinantes.Este livro estava esquecido há anos, comprei antes de engravidar e não priorizei a leitura. Agora que Victor está crescendo e eu tentando me acertar como mãe iniciei a leitura. O livro é bacana, não gosto muitoda literatura de Augusto Cury acho os livros dele mais do mesmo, mas um dos capítulos dele me fez viajar no tempo. O capítulo que fala expressar autoridade com agressividade conta a história de uma garotinha cuja a professora a ofendeu em sala de aula perante os colegas. Voltei 18 anos no tempo...
Quando eu era criança sempre fui acima do peso e feliz, minha familia e amigos não encaravam a minha gordura com deboche. Minhas tias até me ajudavam a fazer reeducação alimentar, mas sem pressão ou me ensinado que aquilo era um problema. Quando tinha 8 anos e estava na 3ª série do ensino fundamental eu tinha uma professora chamada Carmem, ela séria mas muito amorosa. Um dia ela não estava vmuito bem, provavelmente com problemas pessoais e estava agressiva neste dia, me dirigi a sua mesa com algum argumento (não me lembro qual) e ela com voz alta e interrompendo a concentração dos meus coleguinhas que estavam fazendo tarefa gritou: "Vá sentar menina chata, sua gorda, seu cebolão!" A turma com surpresa olhou pra mim e após alguns segundos de silêncio e surpresa a turma soltou uma gargalhada em voz alta. Apartir daquel dia me sentia uma garota feia e burra, virei alvo de gozações e me tornei agressiva. Meus pais eram chamados na escola toda semana porque eu sempre brigava com quem me chamava de "cebolão". Tornei-me uma adolescente rebelde,carente e chorava sempre porque me sentia feia. Meus amigos maravilhosos e minha familia sempre me mostravam o meu valor e tentavam levantar minha alta-estima. Lembro que minhas amigas tentavam arrumar namorado pra mim a todo custo, e sempre me diziam que havia algum garoto que gostava de mim. Elas sabiam que eu era tímida e jamais teria coragem de corresponder. Era mentira, elas falavam isso para que eu me sentisse melhor.
Anos depois conheci Jesus, Ela tirou a compulsão da minha vida e consegui fazer R.A e perder 32KG em pouco mais de 3 meses. Aquele pesadelo havia acabado...
Anos depois já casada e poucos tempo depois de ter bêbe em uma reunião de amigos do marido (eu já disse que eu detesto os amigos do marido?) um deles iniciou os comentários sobre meu ganho de peso da gestação (não estava gorda, mas inchada), os demais deram prosseguimento e no meu subconsciente a sensação que senti naquele dia na classe quando tinha 8 anos voltou. E eu não me recuperei mais...
Chorei ao terminar de ler aquele capítulo, pois não me recordava que aquele episódio da minha vida tornou-me infeliz. Hoje aos 26 anos tento recomeçar. Sei que tenho muitas qualidades e que o fato de estar gorda não interfere em quem eu sou de verdade. Eu estou compulsiva, infeliz e sem ânimo.Eu não sou assim. Eu sei que o sol vai voltar a brilhar e que não há nada de errado comigo, os frutos da minha vida são belíssimos.

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